Flashes luminosos, manchas que se mexem conforme o movimento dos olhos ou perda parcial da visão de maneira súbita, podem ser sintomas de uma sério problema: o descolamento da retina. Quando se descola, a retina afasta-se da camada subjacente, a coroideia, que lhe fornece nutrientes e oxigênio, ocorrendo perda celular. Quanto mais prolongado for esse afastamento, maior o risco de perda permanente de visão. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental.

“O sangramento dos pequenos vasos sanguíneos da retina podem obstruir o interior do olho, que é preenchido com o gel vítreo. Se a mácula, parte da retina responsável pela precisão na visão, ficar descolada, a visão central fica gravemente afetada”, explica o oftalmologista Hilton Medeiros, da Clínica de Olhos Dr. João Eugênio. A retina é um tecido transparente na parte traseira do olho, responsável por captar os estímulos que são transformados em imagens.

O descolamento ocorre por causa de uma rasgadura ou buraco na retina, que permite a entrada do líquido existente no próprio olho, fazendo com que o tecido dessa camada se descole ou se levante. Esse fenômeno geralmente acontece sozinho, sem que haja uma causa subjacente. Entretanto, trauma, diabetes ou um distúrbio inflamatório também podem causá-lo.

O tratamento é cirúrgico e a técnica mais adotada hoje em dia é a vitrectomia, procedimento minimamente invasivo para retirada do vítreo, realizado com microinstrumentos. “No procedimento, o gel vítreo é removido e é feita a drenagem do líquido sub-retiniano, já que há acúmulo de líquido abaixo da retina descolada”, afirma o oftalmologista.

No final da cirurgia, é colocado um substituto para o vítreo retirado, um gás (SF6 ou C3F8), que é absorvido pelo organismo entre 30 e 60 dias, ou óleo de silicone, que é removido cirurgicamente depois de um período de quatro a seis meses. Nesse período, o próprio organismo vai produzindo humor aquoso, líquido natural do olho.

O sistema de laser é utilizado para selar a rasgadura e facilitar a cicatrização no local. Há também uma técnica denominada retinopexia pneumática (colocação de bolhas de gás no olho) para ajudar a retina a flutuar de volta ao seu lugar e outra chamada criopexia, um frio intenso aplicado em uma área com uma sonda de gelo para ajudar a cicatrizar, fixando a retina na camada subjacente. Muitas vezes recorrem-se a múltiplas combinações das diferentes técnicas.

O paciente recuperará a visão que tinha antes se o descolamento de retina não tiver atingido a mácula. Caso contrário, mesmo com a cirurgia, é possível que se tenha perda de visão. Pessoas míopes, com histórico familiar de descolamento de retina, diabetes não controlada, e com mais de 40 anos estão mais propensas a sofrerem esse fenômeno.

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