O Anel Intraestromal é um dispositivo médico implantável no estroma corneano que tem o objetivo de regularizar as deformações corneanas causadas por patologias do tecido e corrigir ou diminuir os erros de refração associados. O material pelo qual é produzido é comprovadamente inerte e biocompatível. A correta indicação para implante do Anel requer uma completa avaliação das condições topográficas e paquimétricas da córnea, além de exame oftalmológico completo. Em geral, o implante pode ser indicado nos casos de pacientes portadores de ceratocone intolerantes a lentes de contato; pacientes portadores de ceratocone em evolução; astigmatismo pós ceratoplastia penetrante; ectasias corneanas iatrogênicas pós cirurgias refrativas (PRK, LASIK); astigmatismo irregular pós ceratotomia radial e ainda degeneração marginal pelúcida. O implante apresenta importantes vantagens sobre outras cirurgias que atuam sobre a córnea. O procedimento é realizado sob anestesia tópica, em regime ambulatorial. Caso necessário o anel pode ser removido e a córnea retoma suas dimensões originais pré-implante; ou ainda pode ser substituído ou reposicionado. Os resultados se mantêm ao longo do tempo e a integridade do órgão é preservada. Cumpridas as exigências médicas, a incidência de complicações é muito baixa, em torno de 3%, estando relacionadas com hábitos do paciente, como coçar muito os olhos, o que poderá deslocar o anel de sua posição, ou quando o implante é posicionado muito próximo às incisões ou implantado superficialmente no estroma corneano. As complicações são geralmente tratáveis e reversíveis. Quando o anel intraestromal não melhora a qualidade de visão, só resta ao paciente ser submetido ao transplante de córnea. |