Muitas pessoas confundem pterígio com catarata. A única semelhança entre as duas doenças, no entanto, é o tratamento exclusivamente cirúrgico. A catarata é uma doença que atinge o cristalino, parte interna do olho, e dificilmente pode ser visualizada a olho nú. Já o pterígio é totalmente perceptível e atinge a parte externa do olho, a conjuntiva, que é uma membrana que reveste a superfície exposta da esclera (branco do olho) e a parte interna da pálpebra.

“Normalmente, para detectar a catarata é preciso fazer exame oftalmológico com o uso de microscópio. Ela só é visível a olho nú quando está muito avançada. Neste caso, o centro da pupila fica esbranquiçado. Enquanto o pterígio forma uma “carnosidade” no canto externo ou interno dos olhos”, explica o oftalmologista Hilton Medeiros, da Clínica de Olhos Dr. João Eugênio, ressaltando que é comum pacientes operados de pterígio acreditarem ter tido catarata.

O pterígio é fruto de fatores genéticos associado ao calor e a incidência de raios Ultra Violeta. Ocorre em países tropicais como o Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. O mecanismo mais eficaz de prevenção é a utilização de óculos com proteção 100% UV.

Além de tornar os olhos mais sensíveis, a doença provoca vermelhidão, ardor e, principalmente, desconforto físico e estético provocado pelo corpo estranho, que é formado por um espessamento vascularizado da conjuntiva de forma triangular que se estende do ângulo interno do olho em direção à córnea. “Se o Pterígio não for retirado logo, poderá encobrir a área pupilar, causando nesse estágio déficit visual significativo que poderá perdurar mesmo depois da cirurgia”, afirma o médico.

Com relação a Catarata, existem vários tipos, sendo a catarata senil a mais comum. A demais são podem ser congênita, traumática, relacionada ao uso prolongado de determinados medicamentos e também relacionadas a doenças metabólicas como, por exemplo, o diabetes.

Independente do tipo, a catarata caracteriza-se pela perda de transparência do cristalino, lente intra-ocular localizada atrás da pupila. A opacificação dessa lente causa a diminuição progressiva da acuidade visual. O único tratamento é a remoção cirúrgica do cristalino e o implante de uma lente intra-ocular.

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