A ambliopia atinge cerca de 2 a 3% da população e provoca perda visual
irreversível se não for tratada
É comum encontrar crianças usando tampão em um dos olhos no ambiente escolar. A oclusão é parte do tratamento para corrigir a ambliopia ou olho preguiçoso, como é popularmente conhecido. A doença, que afeta cerca de 2 a 3% da população, é causada pela baixa visão em um olho que não se desenvolveu adequadamente na infância. Quanto antes detectada e tratada, melhores serão as chances de recuperação.
“O tratamento da ambliopia começa com o uso de correção óptica, se necessário, seguida da oclusão do olho de melhor acuidade visual. Isto é feito para permitir que o olho mais fraco se desenvolva. Mesmo após a visão ser restabelecida, a oclusão pode ser utilizada de forma alternada para manutenção da melhora obtida”, esclarece o oftalmologista Hilton Medeiros, da Clínica de Olhos João Eugênio.
O resultado do tratamento vai depender da severidade da ambliopia e da idade da criança quando feito o diagnóstico. A participação dos pais é fundamental neste processo. “Geralmente, a criança não aceita bem a oclusão do olho bom, tanto pela questão estética como pela dificuldade de enxergar com o olho ruim. Por isso, é importante a persistência dos pais para que o tratamento seja realizado adequadamente”, defende o especialista. A cura ocorre na maioria dos casos.
A ambliopia pode ser causada por alterações no desenvolvimento ocular ou por qualquer condição que impeça o uso normal dos olhos. Entres as principais causas estão o estrabismo, o erro de refração e a catarata.
No caso do estrabismo, como a imagem do olho desviado é suprimida, a criança utiliza apenas o melhor olho para evitar a visão dupla, tornando-se amblíope. Quanto ao erro de refração, a doença se manifesta, normalmente, quando um olho tem mais miopia, hipermetropia ou astigmatismo que o outro, e o olho com visão fora de foco é suprimido. Por fim, qualquer fator que impeça uma adequada focalização da imagem pode levar ao desenvolvimento de ambliopia. O principal exemplo e um dos mais graves é a ocorrência de catarata.
Recomenda-se que as crianças sejam examinadas por um oftalmologista antes dos três anos de idade. Caso exista uma história familiar de estrabismo, catarata congênita ou outra doença ocular da infância o médico poderá examinar a criança mais precocemente. Se o olho amblíope não for tratado, a vítima terá uma perda visual irreversível.
Mais informações:
Camila Cortez – 8133-2020/ Camila Calazans – 9311-9161
Assessoras de comunicação da Clínica de Olhos João Eugênio