Desde a aprovação da Lei 4.189, em 2008, todos os bebês nascidos na rede pública e privada do Distrito Federal têm sido submetidos ao teste do olhinho (ou teste do relexo vermelho). Em 2012, segundo a Secretaria de Saúde do DF, aproximadamente 40 mil bebês fizeram o exame nas maternidades públicas. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica esclarece que o teste do olhinho é de extrema importância, pois cerca de 60% das causas de cegueira ou de grave sequela visual infantil podem ser prevenidos ou tratáveis quando detectadas precocemente.
“O teste do olhinho pode detectar qualquer patologia que cause obstrução no eixo visual como catarata e glaucoma congênito, além de doenças que causem opacidade de meios, como opacidades congênitas de córnea, tumores intra-oculares grandes, inflamações intra-oculares importantes ou hemorragias intra-vítreas”, explica o oftalmologista Hilton Medeiros, da Clínica de Olhos Dr. João Eugênio.
Diferente do teste do pezinho e da orelhinha, o teste do olhinho não é obrigatório no Brasil, apesar de ser incentivado pelo Ministério da Saúde. Segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, somente nove Unidades da Federação possuem legislação que obriga a realização do teste do olhinho em todos os recém-nascidos, antes de sua alta. São eles: Distrito Federal, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.
O exame é simples, rápido e indolor. Uma fonte de luz sai de um aparelho chamado oftalmoscópio, tipo uma “lanterna”, onde é observado o reflexo que vem das pupilas. “Quando a retina é atingida por essa luz, os olhos saudáveis refletem tons de vermelho, laranja ou amarelo. Quando não é possível ver o reflexo ou sua qualidade é ruim, é sinal de alteração”, diz Hilton Medeiros.