Quando os olhos ficam vermelhos, os sintomas precisam ser investigados, pois podem ser um sinal de várias doenças. As causas da síndrome do olho vermelho são variadas e devem ser identificadas por um oftalmologista. A conjuntivite, tanto viral quanto bacteriana, é uma das doenças que mais provocam vermelhidão, assim como a hemorragia subconjuntival. Uveite, alergia ocular, olho seco, blefarite e pterígio também costumam alterar a cor dos olhos.
“A vermelhidão incomoda e na tentativa de sanar o problema, muita gente tende a pingar colírios sem recomendação médica. Isso apenas disfarça os sintomas e agrava o problema”, explica o oftalmologista Hilton Medeiros, da Clínica de Olhos João Eugênio.
No caso da conjuntivite viral ou bacteriana, o olho todo fica vermelho, principalmente a parte interna das pálpebras. A doença é contagiosa e costuma atingir os dois olhos, podendo ser mais intensa em um deles. Além da vermelhidão, causa secreção, lacrimejamento, ardência, fotofobia e leve coceira.
“A conjuntivite é a inflamação da membrana externa do olho, chamada conjuntiva. Ela é responsável por produzir muco para proteger e lubrificar o olho”, afirma o especialista. Na maioria dos casos, os sintomas e a doença desaparecem em até dez dias sem que seja necessário qualquer tipo de tratamento. Em algumas situações, no entanto, é preciso utilizar colírios com antibióticos ou anti-inflamatórios ou pomadas.
A conjuntivite alérgica ou alergia ocular também é uma importante causa de olhos vermelhos, principalmente em crianças e em pessoas com histórico de rinite, bronquite, sinusite. A principal característica é a coceira intensa nos olhos e inchaço nas pálpebras. Acomete os dois olhos, apresenta pouca ou nenhuma secreção e não é contagiosa. O tratamento é feito com colírios anti-alérgicos.
Outra doença que provoca vermelhidão, desta vez próxima à íris, e que, se não for tratada pode comprometer comprometer a visão definitivamente, é a uveíte. Os sintomas são fotofobia, dor e visão embaçada, onde pequenos pontos escuros se movimentam. Geralmente acomete um dos olhos. O tratamento requer colírios específicos, normalmente associados a indicação de antibióticos, antivirais ou antifúngicos. Nas formas autoimunes, é preciso prescrever corticóides ou imunomodeladores, quase sempre por tempo prolongado. Já nos casos de uveíte anterior, a primeira medida é dilatar a pupila e prescrever anti-inflamatório de uso local para preservar a anatomia do olho.
No caso de pterígio, o olho não fica vermelho o tempo todo. Afeta apenas a parte onde fica o pterígio e melhora com colírios lubrificantes ou vasoconstritores. Os sintomas são de ardência, lacrimejamento e sensibilidade à luz.
Já a hemorragia subconjuntival ou derrame no olho costuma assustar o paciente, pois a vermelhidão é intensa na área afetada. “Apesar do aspecto visual desagradável, não há riscos para a visão, não causa dor e melhora mesmo sem tratamento entre sete e 21 dias”, diz Hilton Medeiros.
Por fim, a blefarite, conhecida como olho seco, também deixa os olhos levemente vermelhos. O pacente costuma ter a sensação de areia nos olhos, ardência e ressecamento. O sintoma piora em ambientes secos, com vento ou com ar condicionado. Normalmente, o médico prescreve o uso de lágrimas atificiais para mais conforto até a melhora do quadro.
Mais informações: Camila Cortez – (61) 8133-2020/ 4141-7045
Assessora de imprensa da Clínica de Olhos João Eugênio