Identificar e tratar problemas oftalmológicos é essencial para o bom rendimento escolar das crianças
Época de volta às aulas é sempre uma correria para os pais. Material escolar, uniforme, lancheira, tudo tem de estar em ordem. Mas, além disso, é preciso ter atenção quanto à visão da criança. Dificuldades para acompanhar as lições, por exemplo, podem estar associadas aos erros de refração visual e atrapalhar o desenvolvimento escolar. Os exames devem começar cedo, ainda bebê, aos seis meses, depois aos 3 e 5 anos de idade.
O oftalmologista Hilton Medeiros, da Clínica de Olhos João Eugênio, explica que quanto mais cedo forem corrigidos os vícios de refração (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia), maior a capacidade de a visão ser recuperada completamente. O médico diz que a fase do desenvolvimento da visão ocorre até os sete anos e, depois disso, a correção dos vícios de refração não será totalmente satisfatória. “O que o olho aprendeu a enxergar é o que a pessoa vai ver para o resto da vida. Mesmo se fizer uma operação, o máximo que conseguirá melhorar é 80%”, esclarece.
Patologias como estrabismo, ambliopia (olho preguiçoso), catarata congênita e até mesmo o glaucoma, também podem ser tratadas com sucesso, se diagnosticadas antes do sexto ano de idade.
De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, em cada 20 estudantes do ensino fundamental, três têm alguma deficiência óptica. Esses problemas podem atrapalhar o desenvolvimento das crianças, pois cerca de 80% das informações que chegam ao cérebro vêm pela visão.
Hilton Medeiros diz que é muito importante a ajuda dos pais e dos professores para reconhecer um problema ocular em uma criança, pois, geralmente, elas não reclamam. “A criança míope, por exemplo, tem a visão fora de foco desde que nasceu e por isso não sabe como deveria enxergar”, explica.
Os principais sintomas são coceira nos olhos, vermelhidão, dor de cabeça, pupilas brancas ou de tamanhos diferentes e sensibilidade excessiva à luz. Outros indícios, fáceis de identificar em crianças mais novas, ocorrem quando elas lacrimejam ou piscam demais, tampam um dos olhos para ler, sentam próxima a TV ou aproximam demais o caderno do rosto. Hilton Medeiros também recomenda que os pais fiquem atentos aos seguintes sinais: quedas e esbarrões frequentes em objetos.
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Camila Cortez
Assessora de imprensa da Clínica de Olhos João Eugênio
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